Acabar um doutoramento

A maior parte de vocês sabe o que é um doutoramento, mas provavelmente não por experiência própria. Eu também só posso falar do que foi este tempo para mim, mas de qualquer maneira deixem dar-vos uma ideia...

As partes melhores foram as viagens, claro. Ir a sítios diferentes (e de graça, se é de graça, eu vou!!!), cerca de 4 viagens por ano,, uma semana cada viagem. À conta do doutoramento estive em: Londres, Upsala (Suécia), Kiruna (Suécia, 2 vezes), Roma, Viena, Barcelona, Oxford, Toulouse, Paris, Hersonissos (Creta, Grécia), Cracóvia, Varsóvia, São Francisco (3 vezes), Nova Iorque (por 2 vezes, só umas horas), Filadélfia, Denver, Dallas... E aposto que me estou a esquecer de algumas. A parte de fazer investigação ciêntifica, e de estar sempre em contacto com ideias novas, e com as últimas novidades acerca de todo o género de tecnologia também é um ponto bastante positivo.

Pontos mais negativos. Em geral a dificuldade do trabalho, não é que se trabalhe desde o nascer ao por do sol, às vezes antes fosse. É mais o facto de estarmos a fazer coisas de facto complicadas, ou que, pelo menos, nunca ninguém fez. É um bocado como estar numa sala com muitas portas e ir experimentando uma a uma a ver qual delas nos leva onde queremos chegar, sem poder perguntar a ninguém. É demorado, entediante, e muitas vezes desmoralizador. Acho que não é preciso ser muito inteligente para fazer um doutoramento, antes é preciso ser preserverante e não desesperar.

O que melhor se tira desta experiência é que ficamos a saber (com toda a certeza) que aquilo que de facto sabemos é muito mais pequeno do que aquilo que julgávamos saber. Por outro lado fica-se com uma capacidade enorme de olhar para problemas novos de uma prespectiva prática, e de os resolver.

Isto tudo para dizer... Dia 30 de Abril, vai acabar (finalmente). Não fazem ideia de como isso vai ser excelente! Foi um caminho looooongo. Quinta-feira, 30 de Abril, às 11h no IST. Está quase.